- Entrega do trabalho
Tecnologia e Inovação - Pesquisa e Dissertação
- Kit Anti-Homofobia - Ministério da Educação [MEC]
- Senador Magno Malta discute kit anti-homossexualismo proposto pelo MEC [Plenário]
- Homofobia - Documento da Semana CQC [Transmitido dia 20/12/2010]
- Racismo
- Dinâmica em grupo
Debate sobre Homofobia, Racismo e Cotas
- Grupo contra (fatores negativos)
- Grupo a favor (fatores positivos)
- Diferenças Individuais: Preconceito
1. Significado das diferenças individuais
Diferenças individuais são as várias formas em que os indivíduos se distinguem uns dos outros, sejam nos aspectos físicos, psíquicos, intelectuais, emocionais ou sociais.
2. Conceituação e caracterização de preconceito e discriminação
O que é preconceito?
O preconceito é um conceito antecipado, podendo ser assim discriminatório, perante pessoas, lugares, tradições e costumes.
A Convenção Internacional de 1966, em seu artigo 1º, conceitua discriminação como sendo: "Qualquer distinção, exclusão ou restrição baseada na raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha o propósito ou o efeito de anular ou prejudicar o reconhecimento, gozo ou exercício em pé de igualdade de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultual ou em qualquer outro domínio da vida pública."
Há diversas formas de preconceito, os mais explícitos na sociedade atual (aplicando-se ao Brasil) são esses: racial, sexual e social.
Em linhas gerais o termo preconceito diz respeito às opiniões e às atitudes contundentes ou veladas que um determinado grupo social adota em relação a outro.
Os fundamentos em que se baseiam tais opiniões e atitudes preconceituosas não se pautam em evidências diretas, nem em comprovações testemunhadas, mas em discursos construídos de forma fraudulenta que, conforme a velocidade de sua veiculação, ganham apelo popular até se tornar uma verdade para muitos.
Um determinado preconceito se estabelece a partir de uma relação de comparação de grupos sociais, em que um deles julga possuir uma cultura superior e se utiliza de discursos e práticas ideológicas, no sentido de humilhar, estigmatizar e dominar outros grupos minoritários (negros, mulheres, homossexuais, índios, etc.).
As pessoas podem nutrir preconceitos favoráveis em relação a grupos com os quais se identificam e preconceitos negativos contra outros grupos. Quem é preconceituoso em relação a um grupo específico se recusará a escutá-lo de maneira justa.
A força da construção de um preconceito é o estereótipo, ou seja, o ato de afixar certas características a certos grupos sociais, normalmente estão sempre em desvantagem social em relação ao grupo majoritário. É assim, por exemplo, que no Brasil é comum ouvirmos afirmações como os negros são naturalmente preguiçosos, os índios são imundos ou as mulheres são boas motoristas, e ao aceitarmos com naturalidade, como se fossem verdades incontestáveis.
Isso ocorre porque com o passar do tempo, os estereótipos construídos são internalizados na cultura de tal forma que é quase impossível removê-los. Portanto, a formação de um preconceito é um conceito forjado sobre um indivíduo ou grupo sem que tenhamos sobre ele informações seguras e verdadeiras.
O que é discriminação?
O preconceito é a construção de discurso e a manifestação de atitudes contra determinado grupo social, já a discriminação diz respeito a comportamentos concretos, contundentes ou velados, de separação de indivíduos ou grupos étnicos.
Dessa forma, o ato de discriminar pode ser evidenciado quando um dado indivíduo, representante de alguma minoria, é privado de exercer determinada função empregatícia em razão de tal função estar reservada para membros do grupo étnico majoritário. Por exemplo, quando um negro é excluído de um processo seletivo para um emprego em favor de uma pessoa branca. Embora o preconceito seja, em muitas situações, o fundamento da discriminação, cada uma dessas atitudes pode ter existência separada.
3. Homofobia
A homofobia é um termo utilizado para identificar o ódio, a aversão ou a discriminação de uma pessoa contra homossexuais, que pode incluir formas sutis, silenciosas e insidiosas de preconceito e discriminação contra homossexuais. Homo significa igual e fobia significa medo.
Atualmente, podemos ver que cresceu a quantidade de crimes motivados pela discriminação da sexualidade de um indivíduo, o que é inadmissível uma vez que a Constituição Federal tenta inibir toda e qualquer forma de discriminação.
4. Racismo
O racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras. Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e sua relação entre características físicas hereditárias, e determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais, são superiores a outros.
O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré concebidas onde a principal função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam ser superiores aos outros de acordo com sua matriz racial.
A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade e ao complexo de inferioridade, se sentindo, muitos povos, como sendo inferiores aos europeus.
O racismo é um preconceito contra um "grupo social", geralmente diferente daquele a que pertence o sujeito e, como tal, é uma atitude subjetiva gerada por uma sequência de mecanismos sociais.
Um grupo social dominante, seja em aspectos econômicos ou numéricos, sente a necessidade de se distanciar de outro grupo que, por razões históricas, possui tradições ou comportamentos diferentes. A partir daí, esse grupo dominante constrói um mito sobre o outro grupo, que pode ser relacionado à crença de superioridade ou de iniquidade.
Nesse contexto, a falta de análise crítica, a aceitação cega do mito gerado dentro do próprio grupo e a necessidade de continuar ligado ao seu próprio grupo levam à propagação do mito ao longo das gerações. O mito torna-se, a partir de então, parte do "status quo", fator responsável pela difusão de valores morais como o "certo" e o "errado", o "aceito" e o "não aceito", o "bom" e o "ruim", entre outros. Esses valores são aceitos sem uma análise do seu faturamento, propagando-se por influência da coerção social e se sustentando pelo pensamento conformista de que "sempre foi assim".
Finalmente, o mecanismo subliminar da aceitação permite mascarar o prejuízo em que se baseia a discriminação, fornecendo bases para a sustentação de algo maior, de posturas mais radicais, como as atitudes violentas e mesmo criminosas contra membros do outro grupo.
Convém ressaltar que o racismo nem sempre ocorre de forma explícita. Além disso, existem casos em que a prática do racismo é sustentada pelo aval dos objetos de preconceito na medida em que também se satiriza racialmente e/ou consente a prática racista, de uma forma geral. Muitas vezes o racismo é consequência de uma educação familiar racista e discriminatória.
O racismo tem assumido formas muito diferentes ao longo da história. Na antiguidade, as relações entre povos eram sempre de vencedor e cativo. Essas existiam independentemente da raça, pois muitas vezes povos de mesma matriz racial guerreavam entre si e o perdedor passava a ser cativo do vencedor, neste caso o racismo se aproximava da xenofobia. Na Idade Média, desenvolveu-se o sentimento de superioridade xenofóbico de origem religiosa.
Quando houve os primeiros contatos entre conquistadores portugueses e africanos, no século XV, não houve atritos de origem racial. Os negros e outros povos da África entraram em acordos comerciais com os europeus, que incluíam o comércio de escravos que, naquela época, era uma forma de aumentar o número de trabalhadores numa sociedade e não uma questão racial.
No entanto, quando os europeus, no século XIX, começaram a colonizar o Continente Negro e as Américas, encontraram justificações foi a idéia errônea de que os negros e os índios eram "raças" inferiores e passaram a aplicar a discriminação com base racial nas suas colônias, para assegurar determinados "direitos" aos colonos europeus.
Os casos mais extremos foram a confinação dos índios em reservas e a introdução de leis para instituir a discriminação, como foram os casos das leis de Jim Crow, nos Estados Unidos da América, e do Apartheid na África do Sul.
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